Para os cientistas de Big-Data Trabalho de Limpeza dos Dados é principal obstáculo para Insights

Essa matéria do NYT fala a respeito do principal gargalo que os “analistas de Big Data” enfrentam que é a parte de limpeza dos dados.

Quem está acompanhando, estudando ou mesmo comentando a mais de 2 anos sobre as áreas de Mineração de Dados, Machine Learning, e KDD sabe que o trabalho de tratamento dos dados representa 80% de todo esforço em análise de dados.

Por tanto, falando em termos computacionais, aplicar 80% de esforço em uma tarefa não é um problema mas sim uma característica tratando-se de processos sérios de KDD.

Com o fenômeno do “Big Data” muitos dos “analistas de dados” esqueceram-se de que uma das partes mais significativas de todo trabalho de análise está por trás do fato que gerou aquela informação, e não a análise por sí só. Isto é, quem compreende a estrutura e a conceitualização na qual aquele aquela informação é criada e posteriormente persistida, tem por definição lógica mais conhecimento sobre o dado do que quem apenas está fazendo o quarteto Treino - Cross Validation - Teste - Validação.

Realizando um exercício de alegoria, se realizássemos uma transposição de Big Data para Big Food  com os mesmos 3V (Volume, Velocidade, e Variedade), seria algo como falássemos somente sobre as características nutricionais dos alimentos (quantidade proteínas, carboidratos, gorduras) com todo o academicismo para passarmos uma ilusão de erudição; mas esquecendo que essas concentrações estão estritamente relacionadas a forma de criação/plantio desses insumos (e.g. esteroides para bovinos e aves, modificações genéticas para as sementes, etc.) o que obviamente pode indicar que a métrica final de análise (no caso as informações nutricionais) não passam de uma ilusão.

 Para saber mais sobre o porque o Big Data está criando analistas iludidos (como alguns do NYT) leiam essas referências aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e finalmente aqui.