10 coisas que a estatística pode nos ensinar sobre Big Data

De tempos em tempos vemos vendedores de software tentando empurrar ‘novidades’ como Big Data, Map Reduce, Processamento Distribuído, etc. Isso é muito bom no sentido de marketing e propaganda, mas dentro do aspecto técnico todos que trabalham com análise de dados devem no mínimo conhecer o básico, e este básico se chama estatística.

Entendam uma coisa, Big Data hoje nada mais é do que um jargão de marketing utilizado por todos os players do mercado para causar frisson em gerentes de tecnologia da informação, diretores, coordenadores, gerentes entre outros.

Análise de dados sempre houve desde quando Edgar Frank Codd começou os seus postulados sobre modelagem de bases de dados baseado no paradigma da álgebra relacional.

O que mudou foi que a Lei de Moore que se aplicava à capacidade de processamento (transistores nos chips) e que muitos acreditavam se também aplicava-se ao armazenamento simplesmente provou-se errada. Em outras palavras, descobrimos que podemos armazenar muito mais informação, a um custo extremamente baixo do que fazíamos a 40 anos atrás.

Veja no gráfico abaixo o que o mesmo Jeff Leek considera como a ‘revolução do big data’.

Big Data Revolution

Se isso aumentou a disponibilidade dos dados para a análise, por outro lado muito por culpa da ciência da computação que (na minha visão pessoal de momento) prostituiu a estatística com o advento dos algoritmos muitos cientistas da computação, bacharéis em Sistemas de Informação, entre outros que por ventura passaram a realizar análise de dados acharam que poderiam subestimar a estatística que está a muito tempo ajudando cientistas do mundo inteiro.

Um pequeno aforismo que eu tenho sobre essa questão é “não dá para pensar em Big Data, quando ainda não aprendemos os postulados sobre amostragem que a estatística nos oferece”.** Simples assim.

Com isso, seguem as 10 coisas que a estatística pode ajudar o Big Data elencadas pelo Jeff Leek:

1) If the goal is prediction accuracy, average many prediction models together 2) When testing many hypotheses, correct for multiple testing 3) When you have data measured over space, distance, or time, you should smooth 4) Before you analyze your data with computers, be sure to plot it 5) Interactive analysis is the best way to really figure out what is going on in a data set 6) Know what your real sample size is 7) Unless you ran a randomized trial, potential confounders should keep you up at night 8) Define a metric for success up front 9) Make your code and data available and have smart people check it 10) Problem first not solution backward

**Assim que eu finalizar algumas leituras importantes sobre o assunto vou falar mais um pouco dessa besteira de big data que estão vendendo, e algumas alternativas a respeito disso.