Robô chines é primeira máquina a passar em um exame de Medicina

Matéria interessante do China Daily:

A robot has passed the written test of China’s national medical licensing examination, an essential entrance exam for doctors, making it the first robot in the world to pass such an exam.

Its developer iFlytek Co Ltd, a leading Chinese artificial intelligence company, said on Thursday that the robot scored 456 points, 96 points higher than the required marks.

The artificial-intelligence-enabled robot can automatically capture and analyze patient information and make initial diagnosis. It will be used to assist doctors to improve efficiency in future treatments, iFlytek said.

This is part of broader efforts by China to accelerate the application of AI in healthcare, consumer electronics, and other industries.

Liu Qingfeng, chairman of iFlytek, said, “We will officially launch the robot in March 2018. It is not meant to replace doctors. Instead, it is to promote better people-machine cooperation so as to boost efficiency.”

Ao menos essa noticia e interessante por dois motivos simples:

1) Estamos vivendo em um tempo em que os AI Deniers (eu denomino eles como Terraplanistas da Inteligência Artificial) onde eles têm no Gary Marcus a sua maior expressão e em ao mesmo tempo tem uma mistura de Um ótimo discurso de ceticismo em relação ao hype do Deep Learning e Artificial General Intelligence (AGI) com críticas sem sentido, como neste exemplo em que há negação contra resultados experimentais claros com disclaimer de limitações metodológicas; e

2) Em termos de alocação de recursos médicos e econômicos a automação desses sistemas de robôs médicos traria um grande avanço social no sentido de que a) haveria uma maior democratização do acesso à saúde preventiva por parte das pessoas menos beneficiadas, uma vez que os custos teriam uma redução drastica e b) potencialmente haveria uma melhor alocação do tempo dos profissionais da saúde (e.g. médicos e enfermeiros) em tarefas de maior valor para a prevenção ou recuperação/intervenção para os pacientes ao invés da execução de procedimentos repetitivos, como por exemplo um foco maior em diagnóstico e tratamento (e isso é realmente importante no Brasil dado que 40% dos médicos recém-formados são reprovados na prova do CREMESP, Sendo ainda que 70% dos médicos não sabiam medir pressão e 86% erraram abordagem a vítima de acidente de trânsito).

Conclusão

Em uma realidade em que no mínimo 50% de todos os empregos podem ser extintos do mercado de trabalho com a automação e Inteligência Artificial, como também o crescimento da demanda de bens e serviços (com a competitividade de custos cada vez maior) notícias como essas são muito bem vindas para colocar em perspectiva para as sociedades de que o correto entendimento das potencialidades e limitações da Inteligência Artificial é o caminho para o desenvolvimento social e prosperidade econômica.

Como diria um autor em uma conferência que eu fui na Asia: “A Inteligência Artificial não está para tirar o emprego das pessoas, mas sim está para acabar com o emprego daquelas que não usarem.”